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Plutão em Aquário: a nova era não é o que a gente imagina

Atualizado: 14 de mar.

O sol entrou em Aquário, Plutão começou seu longo ciclo em Aquário no final do ano passado (2024) e há quem relacione a nova era da humanidade com a Era de Aquário.


Acontece que quando os modernos passam dos limites, tem sempre os clássicos para segurar a onda. Há quem esqueça que Aquário é, tradicionalmente, regido por Saturno - isto é, Urano moderniza e acelera as inovações tecnológicas, mas quando perde o controle de suas ideias mirabolantes, Saturno é quem dá o recado e estabelece as fronteiras.


Um mundo unificado por completo, sem fronteira alguma, é utópico, impossível de ser protegido. A segurança depende dos limites territoriais. Há quem esqueça a função primordial aquariana: assegurar a evolução da humanidade. Da humanidade. Não daquilo que contraria o ser humano ou o aprisiona em cenários que esteticamente remontam à liberdade. Ser livre está na moda e, consequentemente, está associado a determinados estilos de vida. Como pode haver sentido em uma liberdade determinada? É incoerente.


A energia aquariana jamais permite que os fundamentos do ser humano sejam questionados. As bases concretas serem desmanchadas? Ilusão pura. Saturno sempre estará no comando reconduzindo o filho adolescente ao caminho da evolução. Evolução é continuidade, sequência, atualização daquilo que já existe e não negação. Com a entrada de Plutão em Aquário o papo fica mais sério ainda: nada passa despercebido ao senhor do submundo e a mínima intenção de degradação será revelada.


Aquário é uma energia jovial. Que os mais jovens criem ferramentas inovadoras e sejam conduzidos pelos mais velhos a um futuro possível de ser vivido. Não invertamos os papeis: os jovens não sabem guiar, são jovens.


A era de Aquário começa quando há um retorno à humanidade e a preceitos básicos para se conviver em sociedade. O cenário atual está na contramão disso: cada um quer ser reconhecido individualmente e tratado de modo específico dentro do coletivo. É caótico. Nem a era de Leão seria assim! O indivíduo precisa ser tratado individualmente dentro de contextos individuais e específicos (em relacionamentos pessoais, atendimentos personalizados, aulas particulares, etc.). Para que haja o social é necessário consenso, bom senso e noção de pertencimento. Fundamentos que são aprendidos no seio familiar, a base da sociedade.


O jovem atual busca viver coletivamente, colaborativamente, em sistemas circulares, sustentáveis. Funciona? Sem indivíduos que se relacionam individualmente em suas vidas íntimas, não. A casa 5 vem antes da casa 11. Leão vem antes de Aquário. É um eixo, sim, mas possui uma ordem de acontecimento que não pode ser ignorada.


Para finalizar esta reflexão, observo a notável quantidade de adolescentes com mais de 30 anos.


Aquário é ar. Fixo, mas é ar e o ar muda, é movimento. O ser humano tem fases. Por que será que parece haver uma aglomeração de adultos estagnados na adolescência? Penso que o mercado de consumo contribui consideravelmente para tal distúrbio. A adolescência não é mais somente uma fase do desenvolvimento humano, é um potente nicho de mercado que mantém as pessoas infantilizadas e, por vezes, incapacitadas de assumirem responsabilidades coerentes com suas faixas etárias.


Quando estivermos ido longe demais, os clássicos serão antídotos.




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